"A maior riqueza do homem é a sua incompletude. Nesse ponto sou abastado. Palavras que me aceitam como sou - eu não aceito. Não agüento ser apenas um sujeito que abre portas, que puxa válvulas, que olha o relógio, que compra pão às 6 horas da tarde, que vai lá fora, que aponta lápis, que vê a uva etc. etc. Perdoai. Mas eu preciso ser Outros. Eu penso renovar o homem usando borboletas." (Manoel de Barros)

A reinvenção da cidade

Olho vagando pelos meândricos labirintos urbanos .
Cidade -vitrine revelada em inúmeros passageiros
ilusionistas . Figuras mnemônicas , arquétipos
ancestrais expostos na maquinaria contemporânea .
Mosaico miriadoscópico registrando a teia-tela
multicultural . Pandora pós-moderna sugando
referencias da memória , tempo . Nos muros , vestígios
sinalizam o que está por vir . Construção e
desconstrução dialogam num jogo de espelhos . Mero
acaso , odisséia homérica num lance de dados. Ao
emaranhar-se na poliédrica escritura clariceana , o
passageiro desvenda o sentido do ser-no-mundo .

Diniz Antonio Gonçalves Junior

Coisas de mestranda

Acordei com uma Giddens danada. O corpo todo desterritorializado. Nem o encaixe e reencaixe da noite foi o suficiente para me sentir inteira, muito menos ter visto o cometa Harvey passar...A danada da Giddens me pegou de jeito ! Fui ao banheiro , me olhei no espelho e meu nariz estava totalmente despacializado, sem forma...Era uma bola de energia! Abri o armarinho e peguei meu rizoma e pinguei duas gotinhas. Ufa! voltei a respirar. Como meu corpo estava acabado, desterritorializado, voltei para a cama Marx um pouquinho.

Bateu a fome e lembrei que ainda não tinha comido nada. Preparei meu café com Deleuze e um pão com Guattari, Haesbaert e queijo. Que fome eu estava!

Após o café senti o meu corpo se reterritorializar por completo, já estava gentrificada novamente. Liguei o som e coloquei um CD para escutar os Mil -ton-s da música enquanto trabalhei no meu artigo . Agradeci a todos os Santos ... Habermas volto a dormir com o ventilador ligado.

Deia

caos

"É preciso ter um caos dentro de si para dar à luz uma estrela cintilante."

Friedrich Nietzsche

delicioso rever meus queridos do mestrado!
é sempre bom saber que dá pra contar com gargalhadas e piadas desconcertantes vindas de leitores de Baudelaire, Certeau, Lefebvre, Corbain, Freitas, Arantes, Castells, Carr...
Um luxo só!
Mais luxo ainda é ter certeza de que em 15 semanas ganhamos grandes amigos!
Ivana, Eneida, Chico, Pablo, Cynthia, Letícia, Daniel, Milton, Leandro, Clara, Kamila, Cristina, Chalhub, Martha, Braz, Renata, Inácia, ...


[nota da autora: tá, foi piegas! so what?]